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domingo, 26 de setembro de 2010

Atualizações do Blog

No lado direito do blog já estão disponíveis os anais do Sigam I e do Sigam II para downloads.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Pesquisadora do Grupo vai à Europa

A pesquisadora do Grupo de Pesquisa Caixa de Pandora, Rebecca, está em Portugal para dar continuidade em seus estudos.

Fotos em Portugual

Aeroporto de Portugual
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Rebecca, nossa pesquisadora
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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Sigam I

O grupo de pesquisa está colocando a disposição por tempo limitado os anais do Simpósio Internacional Sobre Gênero, Arte e Memória I - Sigam I

em breve colocaremos mais atulizações sobre o evento que ocorreu em 2008

é só clicar no link para o download.

Anais Sigam I - 2008

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Pelotas sedia 10º Salão Mundial do Artesanato

Começou nesta sexta-feira (3) e segue até o dia 12 de setembro, ao lado do Peruzzo Supermercados, a 10ª edição do Salão Mundial do Artesanato. No local, mais de 20 expositores apresentam objetos de decoração, peças de vestuário e acessórios.

Além dos produtos importados de 15 países, estão disponíveis peças de 11 estados brasileiros. Entre eles, a Amazônia, representada pelos índios Pataxó. Eles vieram do Norte vestidos a caráter para divulgar não só os utensílios de madeira como também as danças típicas da região.

Onde está acontecendo:

O quê: 10º Salão Mundial do Artesanato
Quando: de 3 a 12 de setembro, das 14h às 21h
Onde: Centro de Eventos em frente à Praça 20 de Setembro (próximo do IFSul)
Quanto: R$ 5. A entrada é franca para pessoas acima de 65 anos e estudantes pagam a metade do valor.

Países expositores: África do Sul, Argentina, Bolívia, Egito, Equador, Gana, Índia, Indonésia, Israel, Japão, Líbano, Marrocos, México, Nepal, Palestina, Paquistão, Peru, Portugal, Quênia, República do Congo, Síria, Tailândia, Turquia e Uruguai.

Estados expositores: Ceará, Espírito Santo, Goiás, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Amazônia e Tocantins.


Mais informações visitem o Blog do Salão Mundial de Artesanato

II ENCONTRO SOBRE A MULHER NA SOCIEDADE ATUAL

Ocorrerá no dia 11 de setembro de 2010 o II Econtro sobre a mulher na sociedade em Porto Alegre no Santander Cultural. A entrada é franca, e para recebimento de certificado pagamento de 25 reais.

Maiores informações acessar o site do Centro Cyro Martins

Segue a Súmula da Programação:

PROGRAMAÇÃO

11h00 – 11h15 - MARIA HELENA MARTINS - Apresentação

Doutora em Teoria Literária e Literatura Comparada (USP), lecionou na UFRGS e USP, autora e organizadora de vários livros, Diretora-Presidente do CELPCYRO.

11h15 – 11h45 - GUACIRA LOPES LOURO

Doutora em Educação (UNICAMP), licenciada em História, Professora Titular da UFRGS, docente do PPG em Educação (Educação, Sexualidade e Relações de Gênero). Fundadora do GEERGE (Grupo de Estudos de Educação e Relações de Gênero), tem publicado livros e artigos no Brasil e no exterior.

Tema: FEMINILIDADES CONTEMPORÂNEAS

Seria ingênuo falar da feminilidade, do feminino ou da mulher como se houvesse alguma essência ou uma forma singular de viver essa condição, hoje. Há muito o movimento de mulheres e as teorizações que a ele se articulam tornaram evidentes distinções e fraturas no interior do movimento, da prática e do pensamento feministas. A palavra chave parece ser, pois, diferença. Nesse contexto, me disponho a olhar as feminilidades, esboçando espécie de ‘mosaico’ com ‘peças’ provenientes de pesquisas acadêmicas, da literatura ou do cinema.

11h45 - 12h15 - ROSE MARIE LINCK

Graduada em Comunicação/Publicidade Propaganda e Pós-graduada em Educação, na PUCRS. Trabalho Voluntário em Instituições, há mais de 30 anos: Centro Social Frederico Ozanam e Fundação Projeto Pescar. Atualmente é Presidente de Honra da Fundação Projeto Pescar, Membro da Associação de Amigos do Teatro São Pedro e Orquestra de Câmara do Teatro São Pedro.

Tema: TRABALHO VOLUNTÁRIO: FONTE DE PRAZER E REALIZAÇÃO

Como fazer, porque fazer e como usufruir de seu cabedal de conhecimentos
para enriquecer-se a si e a outros, através de uma atividade que pode fazer
a diferença para o mundo em que vivemos.

12h15– 12h45 – DEBATE

12h45 – 13h15 - AUTÓGRAFOS das Palestrantes

15h00 -15h30 – CLEONICE BURSCHEID

Nasceu e reside em Porto Alegre. Poeta , professora, tradutora e produtora cultural. Autora dos livros Passa, Passa, Passarinho, Comadre Corujinha e Compadre Gavião, Ave, Pássaro e Ave, flor. Através do projeto Poesia e Meio Ambiente, alia literatura à ecologia, com o objetivo de conscientizar sobre o cuidado e a preservação do planeta.

Tema: O OLHAR FEMININO ATRAVÉS DA LITERATURA
Através do relato de experiências pessoais e recortes de personagens femininas na literatura, reflete sobre influência sócio-cultural no papel da mulher na sociedade atual.

15h30 - 16h00 – OLINDA ALLESSANDRINI

Pianista com apresentações ao vivo, gravações, programas de rádio, atividades pedagógicas, colaboração em livros e jornais. Destaques na discografia: CDs dedicados a Villa-Lobos, Radamés Gnattali e Araújo Vianna, bem como “Panorama Brasileiro”,“Valsas”, “pamPiano”, “Ébano e Marfim”,“Um Piano na Esquina”.

Tema: MULHERES COMPOSITORAS, UM MUNDO A REVELAR

Em pleno início do século XXI, apresentamos a mulher em toda a sua força criativa, resgatando compositoras de séculos anteriores e firmando seu lugar de mérito na comunidade cultural.

16h00 – 16h30 – CLARA PECHANSKY

Pintora, desenhista e gravadora. Bacharel em Pintura (UFPEL). Ilustradora de livros, revistas, jornais, entre outras peças; produtora cultural, criadora dos projetos Artistas da Vida (com Liana Timm) e Intercâmbio Internacional de Miniarte, do qual é Coordenadora Geral Internacional. Organizou o livro A face Escondida da Criação, com mais 7 autores, sobre o Processo de Criação; o livro Variações sobre o Enigma, com sua trajetória. Prêmio Especial do Júri no Açorianos de Literatura 2001. Seus desenhos e gravuras percorreram os 5 continentes, em mais de 50 mostras individuais no Brasil e exterior, recebendo 3 prêmios internacionais.

Tema: PROCESSO DE CRIAÇÃO: CONSTRUÇÃO DO REPERTÓRIO

Passos do processo de criação em Pintura, Desenho e Gravura. Decisões, expectativas e emoções. Composição e decomposição de um repertório imagético.

17h – 17h30 - DEBATE

18h - Encerramento

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Polícia Federal apresenta perfil de mulheres aliciadas pelo tráfico

Dados retirados do site da Universidade Federal de Brasilia

Apresentados no Seminário contra trabalhos forçados em Brasília.

Elas têm entre 18 e 30 anos, são afro-descendentes, mães solteiras, tem baixa escolaridade, histórico de prostituição e de violência doméstica. Este é o perfil das mulheres que vão para outros países com promessas de empregos e acabam servindo ao tráfico de pessoas para a prostituição. Atualmente 75 mil brasileiras vivem entre Espanha, Portugal, Itália, Suíça, Venezuela, Suriname, Guiana Francesa, Guiana Inglesa e Holanda nessas condições.
Os dados foram divulgados pela delegada Paula Dora, chefe do Serviço de Repressão ao Trabalho Forçado (Setraf) da Polícia Federal, durante o seminário Saúde, Migração e Tráfico de Mulheres: o que o SUS deve saber, nesta quarta-feira, 1º de setembro. O levantamento é resultado de um estudo da PF que agrupa dados de pesquisas sobre o tema no Brasil.
“Essa representação nos permite identificar quem pode ser vulnerável a esse tipo de situação e nos ajuda muito nas investigações”, disse a delegada. De 2004 a 2009, a Polícia Federal desencadeou 52 operações que resultaram em 90 prisões de pessoas que faziam tráfico humano. A delegada acredita que a repressão ao tráfico é um trabalho da polícia e uma responsabilidade do Estado brasileiro. “Se dessem dignidade para essas mulheres, elas não se aventurariam para outro país atrás de melhores oportunidades. São vítimas e não criminosas". O estudo aponta que grande parte das vítimas eram moradoras de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo.
Os aliciadores do tráfico também têm um perfil: são mulheres, ex-vítimas de exploração sexual, com mais de 30 anos e casadas ou em regime de união estável. Além de estarem certas da impunidade, lucram com o crime. De acordo com o levantamento, os criminosos podem lucrar até US$ 30 mil por cada vítima.
ESTIGMATIZADAS - Marlene Teixeira, professora do Departamento de Serviço Social da UnB, concorda com a postura da polícia e defende que essas mulheres precisam ser tratadas como vítimas. A professora acredita o Sistema Único de Saúde (SUS) ainda estigmatiza essas mulheres. Para ela, deveriam ser adotadas políticas de atenção e cuidado com as vítimas. “É muito importante que acabem com essa criminalização. Elas não são consideradas merecedoras de atenção pelo Estado.”
Thereza Delamare, coordenadora da Área de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde explica que o SUS está em constante aperfeiçoamento. “Precisamos conscientizar e sensibilizar os agentes de saúde para que consigam identificar as vítimas de exploração sexual, que retornaram do tráfico, e de fato dá-las um atendimento efetivo”, disse. A coordenadora confirma que ainda há deficiências no tratamento dessas mulheres. “Ainda é difícil reconhecer as necessidades das vítimas”, afirma.
Dalila Figueiredo, advogada da Associação Brasileira de Defesa da Mulher, Infância e Juventude, disse que tratar a saúde dessas mulheres significa desconstruir preconceitos. “Os agentes públicos precisam estar preparados para tratar o tema. Teve um caso na Espanha em que uma transexual foi fazer uma denúncia e nem mesmo foi considerada vítima de exploração”, exemplificou.
A advogada reclama da falta de estrutura nos portos e aeroportos brasileiros para receberem as mulheres que retornam do tráfico. Elas não recebem assistência médica imediata. “A emergência mais próxima do aeroporto de Guarulhos (SP), por exemplo, fica a 40 minutos de distância. Como tratar uma mulher que chega com síndrome de abstinência de drogas? Isso acontece com frequência. Nos grandes aeroportos os serviços de saúde são pagos. É um absurdo”, reclama.
O desemprego, a ambição, a desinformação, a pobreza, a desestrutura familiar e a falta de perspectivas são fatores determinantes para que uma mulher procure melhores condições de vida. “Na maioria das vezes elas vão para outros países com promessas de um bom salário”, explica Dalila.
ACOLHIMENTO - A Polícia Federal adotou técnicas para acolher as vítimas. Os policiais são recomendados a encaminhá-las para assistência de saúde e assistência psicológica, colher depoimentos somente após a estabilização emocional e principalmente tratá-las como vítimas e não como criminosas.
A professora Marlene Teixeira sugere algumas medidas de prevenção. Para ela, os agentes comunitários exerceriam perfeitamente o papel de traduzir e interpretar a realidade dessas mulheres. “Infelizmente eles não tem autoridade para desencadear o serviço, mas fica como uma recomendação”, disse. Além disso, ela acredita que quebrar os preconceitos e desenvolver uma metodologia de diálogo ajudaria na recuperação das vítimas.